Assistentes Sociais da Paraíba Refletem Porque a Conjuntura é de Continuidade e não de Ruptura




Como é de conhecimento dos/as Assistentes Sociais paraibanos/as, estamos vivenciando o momento de campanha eleitoral para o Conselho Federal de Serviço Social – CFESS e os Conselhos Regionais de Serviço Social – CRESS.

Consideramos uma conquista democrática ter um Conselho que, no seu conjunto, é eleito por profissionais que a nível nacional legitimam seus representantes. Pensando na significativa participação política de cada Assistente Social, cabem algumas reflexões acerca do significado de mudar, que ecoa em contextos de disputas de interesses e projetos distintos.

Nesse sentido, cabe chamar atenção para três aspectos particulares desse momento na Paraíba:

I)    Sempre que se fala em mudança e/ou alternativa, a primeira reflexão deve ser questionar o que se está querendo mudar. Em se tratando de disputa de projetos e de princípios, lados contrários sempre exigirão mudar, nem sempre se tem o cuidado de se questionar o que, o como e para que;
II)    Um segundo aspecto, porém não menos importante, é entender o significado histórico e processual de uma mudança. Esta extrapola os limites do desejo, exige tempo (história) para se concretizar, sendo imprescindível comprometimento coletivo e princípios éticos e políticos para concretizá-la;
III) Depois desses dois aspectos, chegamos ao ponto chave para uma reflexão dos/as assistentes sociais da Paraíba para as eleições do CRESS/PB. Queremos chamar a atenção para as ações desempenhadas pela atual gestão desde o início de seu mandato, nos perguntando se diante das mudanças implementadas, não fomos nós os/as primeiros/as a romper com a velha política na qual estava mergulhado o CRESS/PB? Queremos afirmar para o conjunto dos/as assistentes sociais que as transformações ocorridas foram as possíveis para o período de dois anos. E, certos/as de contar com a reflexão de vocês, queremos nos comprometer a dar continuidade ao processo de mudança por nós já iniciado, para tanto contando com seu apoio. Mudança e continuidade fazem parte do mesmo processo, por isso, vejam a composição da nossa chapa por pessoas que estiveram na gestão atual e se afastaram para esse processo, mas incorporando novas adesões.

Diante dos elementos apresentados, seria omissão de minha parte não defender que, em minha opinião, qualquer proposta de mudança no atual contexto se revela no mínimo como retrocesso, indo além, soando como proposta contrária ao projeto coletivo de lutas pelo fortalecimento do Serviço Social crítico, orientado pelos valores da liberdade e da emancipação. Por isso, somos mais que um grupo de indivíduos, somos sujeitos militantes e ativos das lutas cotidianas da nossa categoria, que juntos compomos um coletivo que deseja seguir na luta, forte e independente.


Leidiane Souza – Professora do DSS/UFPB

2 comentários:

Muito coerente as palavras da profª.Leidiane! O processo de mudança já começou , agora é hora de dar continuidade!!!

25 de fevereiro de 2014 às 06:23 comment-delete

Claro, concordo plenamente. Nem sempre toda mudança representa o novo e o melhor Sou adepta do jargão que diz" não se mexe em time que está ganhando". E isso acontece literalmente com esse grupo que está à frente do CRESS. Deu vida, colocou a entidade nos movimentos sociais, lutou em todas às frentes. esteve sempre no dia a dia da categoria. Mudar pra que? Nesta situação, a mudança apregoada pela oposição é retrocesso, pode ter certeza.

Lucia De Fatima Figueiredo
28 de fevereiro de 2014 às 08:28 comment-delete

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